terça-feira, 19 de junho de 2012

Obrigado, boa tarde, até logo

Os encontros rápidos e superficiais sempre me chamaram a atenção. Talvez porque eles ocorrem a cada minuto na cidade dos compromissos inadiáveis.
Aquela tarde não foi diferente. Estava sentada em um café, tentando centrar a minha atenção em cada gole que dava na bebida quente e respirar tranquila em um ambiente lotado de pessoas que exigiam um rápido atendimento. Essas tentativas sempre foram em vão, não sei por que ainda insisto nelas.O moço ao meu lado, de uns trinta e poucos anos, lia uma revista sobre recém nascidos. Ele olhava para o local onde estava e voltava para a leitura. Parecia tenso pela contradição existente entre a pressa do dia a dia e a calma que ele desejava para os primeiros dias de vida de seu filho na São Paulo cinzenta. Ele lutou algumas vezes para mergulhar nesse outro mundo, até chegar o seu colega de trabalho. Possivelmente por morar em uma outra cidade, ou pela proximidade - distante de suas vidas virtuais, eles se viam pela primeira vez. Combinavam uma apresentação muito importante que seria realizada no dia seguinte, e a calma aparente do futuro pai tranformou-se em uma fala rápida, cheia de números e nomes técnicos. O encontro não demorou mais do que cinco minutos. Os executivos que só agora tinham tido real contato, cumprimentaram-se e combinaram quando seria a próxima teleconferência. Urgentíssima. O homem voltou ao café e à revista, intactos. Ele estava pensativo; não sei se refletia sobre a chegada de um filho, as incertezas de seu futuro nesse cotidiano superficial, ou a que horas deveria estar sentado em frente ao computador para preparar o relatório exigido na apresentação. Levantou-se da mesa e disse o velho e indiferente "Obrigado, boa tarde, até logo" para a moça do caixa, que tinha olhos cansados. Cansados da sua invisibilidade,  da falta de sorrisos e da mesmice que nos mantêm longe e protegidos do outro no cotidiano paulistano.       


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ontem foi um daqueles dias de dúvidas. Na verdade, um dia de muitas dúvidas. Sem imaginar, ele terminou cheio de coragem para ideias novas, e devo isso à Maria Rita Kehl.
Cheguei na palestra de ontem, na Cásper, sem saber que as palavras dessa psicanalista e escritora me abraçariam de um jeito que as minhas próprias palavras são incapazes de expressar.
O tema era "o jornalismo muda a sociedade?". Acredito que muitos estudantes, embora não todos,
se sentem perseguidos por essa perguntinha angustiante. Ao mesmo tempo, a busca pela sua resposta é, possivelmente, o motor propulsor daqueles que vão às ruas à procura de estórias novas, surpreendentes, e vozes que não deveriam sussurrar, e, sim, berrar no alto-falante.
Me sinto aliviada quando ouço alguém falar sobre a inexistência da neutralidade nas reportagens. E a Maria Rita Kehl foi mais uma das que também acreditam que os meios de comunicação escrevem para um público, tendo os trabalhadores desses meios opiniões próprias, explicitadas ou subentendidas nas linhas escritas por eles.
Nesse sentido, a escritora diz que o jornalista tem, sim, essa capacidade de mudança ao escrever sobre vidas que ninguém vê, vítimas de descaso em termos de políticas públicas. Entretanto, o desejo de mudança deve estar também na própria sociedade, ainda muito conformista. Gostei das suas palavras quando falava sobre transformação social e a falta de ação por parte de muitos: "o conformismo dá depressão".
Ao falar sobre Pinheirinho, desocupações na região da Luz, ditadura militar e MST, Kehl posiciona-se a favor da maior divulgação de injustiças sociais, como essas, na grande mídia, formadora (ou destruidora?) de opiniões. O grande silenciador dos alto-falantes são os oligopólios dirigentes dos grandes jornais, claramente desinteressados na igualdade entre aqueles por eles manipulados. Para a psicanalista, a liberdade de imprensa só sera plena quando houver órgãos que representem, de fato, a sociedade. Esses órgãos existem ou estão em construção e tem a potencialidade de crescer e espalhar boas ideias:de mudanças coletivas. E é dessa construção que eu quero fazer parte, principalmente após descer o escadão da Paulista, 900, pensando que não estou sozinha.

domingo, 6 de maio de 2012

A Pedroso sem Raimundo

Passei os dias desde o meu último post sobre Raimundo Arruda pensando em uma forma de ajudá-lo.  Publicar o seu diário? Será que ele gostaria de ver as suas palavras sendo vendidas? Levar alimentos para ele todos os dias? Pensar em como tirá-lo de lá? Mas será que ele queria sair de lá? Não sei. Assim como não sei muitas coisas, e esse não saber às vezes paralisa. Dizem que ao escrever sobre algo ou alguém, você dá voz a uma situação que muitas vezes não é divulgada por aí, e que, assim, já está transformando a realidade.Talvez eu mesma tenha escrito isso no meu primeiro dia de "blogger". Mas acredito que essa questão é a que mais tem me perseguido e, de certa forma, me incomodado nos últimos tempos. Como eu, sentada na frente desse computador, escrevendo sobre situações que me comovem e sensibilizam, estou tranformando essas situações de verdade? Muitos falam que eu deveria me questionar menos, mas cada vez que sento para escrever, a sensação é a mesma.
Bom, voltemos ao Raimundo. Pensando (imobilizada) mais uma vez sobre todas essas questões, passei ontem pela "Ilha Pedroso de Moraes", como Raimundo costumava chamá-la, e ele não estava mais lá. Nem ele, nem seus escritos. Só havia uma placa na mangueira embaixo da qual ele passou 19 anos, dizendo que Raimundo está agora em um CAPS no Itaim e passa muito bem. O que me deixou feliz, foi o fato de alguém ter criado uma página no Facebook para ele. A partir dela, conseguiram achar membros da família da família Arruda. Ele passou uma tarde inteira conversando com seu irmão, que veio de Goiás para encontrá-lo.  

Assim que possível, vou até o CAPS visitar o escritor que me fez enxergar além do enquadramento da janela do carro, do ônibus, ou melhor, da minha própria janela. A questão, porém, não é somente enxergar além dela, e, sim, quebrá-la de vez.
A Pedroso está diferente sem as suas palavras, mas espero que elas, assim como Raimundo, estejam agora protegidas da chuva, do frio e da invisibilidade, constantes em nossa cidade. Constante como a minha dúvida: o que representou para ele a nossa conversa naquela quarta-feira na "Ilha"?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Palavras no asfalto


“Eu não sei se esse é o meu nome, mas me chamam de Raimundo, Raimundo Arruda”. Há dezenove anos, Raimundo vive embaixo de uma mangueira, envolto por sacos de lixo e com uma prancheta em mãos, na movimentada Avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros. Ele não quer saber quantos anos tem, nem em que ano ou em qual dia da semana estamos; sabe apenas que nasceu no dia primeiro de agosto de 1938. Todos os que passam pelo trânsito da avenida, veem, através das janelas distantes de seus veículos, Raimundo escrevendo e escrevendo. Poucos o enxergam.
            Ele conta que não é, como afirmam, poeta ou vidente; escreve apenas para passar o tempo e porque não pode mais ler livros devido a problemas na visão. Segundo ele, os seus textos falam de tudo: da vida, da pobreza, da riqueza, do amor, da felicidade, da invisibilidade. Ao acabar de escrever algumas palavras em uma pequena folha de papel, Raimundo o coloca dentro do que ele chama de “Diário de uma violação aos direitos humanos”. São cerca de quinhentas páginas com escritos, um retrato de sua vida, envoltas por um papelão e um saco preto. 


            Começamos conversando sobre a felicidade e o seu significado. “Você não pode estar feliz sempre, depende muito do seu estilo de vida, um dia você está feliz, no outro, triste”, disse ele. Passamos pelos caminhos da educação, religião, literatura, artes plásticas e jornalismo, que Raimundo percorreu ao ler muitos livros ao longo de sua vida. Ele tem muito a ensinar. Mesmo não querendo se localizar temporalmente, recorda-se de datas históricas, como quando ocorreu a reforma protestante, o surgimento da imprensa no Brasil e a democracia grega. Depois de muito tempo de conversa, li um poema do Vinícius, que originou uma longa e rica argumentação sua sobre a crítica literária. Raimundo diz que os homens deveriam interpretar os poemas e prosas como os autores o intencionaram e que os textos devem emocionar sempre.
            Quando perguntei sobre o porquê de viver há tanto tempo naquele local, ele me respondeu apenas que não tinha mais capacidade de andar e que um de seus sonhos é sair de São Paulo logo e talvez voltar para Goiás, onde nasceu, pois a capital paulista é a verdadeira responsável pelo seu modo de vida. Além da cidade, o goiano também mostrou descontentamento com a ciência e suas pesquisas no texto que me escreveu hoje, embora a data registrada por ele seja 12/04/1999 : “Vitória da ciência, desgraça do indivíduo. A ciência ... cérebro... palavra por palavra... só deixa usar o que a ciência permite. Assinado: o condicionado – casa suína, modelo em ´desigiene´ ”. Raimundo se vê como uma cobaia de laboratório, testado por quem o cerca.
            Mesmo não se considerando um poeta, as suas palavras são de denúncia e retratam o não conformismo com a sua situação, ao contrário do que se diz entre os moradores de Pinheiros: “ele fica aí por birra”. O goiano contraria essa opinião e afirma que não levam a sua situação a sério e o tratam como um ser invisível e insignificante, mas que é, na verdade, o escritor de sua história no asfalto da cidade de São Paulo. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

O bairro da Luz, das Marias e dos Willians

Quinta-feira. Março de 2012. Centro da cidade. O bairro da Luz mostra a sua complexidade logo na estação de metrô azul-amarela, em que é claro o choque do novo com o antigo, do progresso-antiprogresso engolindo características históricas da região. Propõe-se (ou impõe-se?) uma "revitalização" do bairro, como se a sua vida não existisse mais, como se aqueles moradores não  tivessem um papel, uma história, ou melhor, a sua história para contar.
Maria mora em uma ocupação há mais de vinte anos. Lá vivem muitas outras histórias. Muitas potencialidades. Muitas pessoas incomuns e em comum. A ocupação, que os governantes pretendem colocar abaixo nos próximos anos, parece por eles esquecida: muita umidade, goteiras, falta de iluminação e ventilação, além de muitos insetos transmissores de doenças para os habitantes de um dos prédios mais altos da Luz. Maria afirma ter crescido naquele local e por isso não permitirá que ninguém a tire de lá. Ela tem a esperança de que um dia alguém lhe dê melhores condições de moradia, mas sem ter de ser expulsa do seu próprio lar.
Do outro lado da estação de metrô, um verdadeiro muro divisor de classes sociais, tem-se os museus, símbolos da ilusória e desigual riqueza cultural de São Paulo. O Museu da Língua Portuguesa é visitado pela classe média e alta da cidade, os chamados intelectuais, que percorrem as obras rodeados por câmeras e seguranças. Ao perguntar para um dos monitores se a população da Luz frequenta o local e se eles realizam algum tipo de projeto de inclusão social, ele respondeu apenas que não estava autorizado a dar esse tipo de informação. Ele é um dos muitos enjaulados e calados pelo poder.
Atravessando a rua novamente,Willian, de uns vinte e poucos anos, conta que no sábado seriam comemorados os cinco anos de lutas e conquistas  da ocupação onde ele mora. Na festa, haveria um show de axé com comes e bebes para reunir os moradores. Enquanto isso, a Sala São Paulo (Júlio Prestes) estaria recebendo os empresários e governantes (ou empresários-governantes?) para ouvirem música clássica e depois discutirem a importância cultural do centro e a urgência da demolição daqueles prédios antigos. Nessa discussão, chegariam a uma lógica conclusão: a pulverização da população local atrairia muito os seus amigo$.
Eles estão infinitamente longe de reconhecer a real importância cultural da região, centrada nas Marias e nos Willians, vidas que trabalham,cantam, dançam, lutam e escrevem a verdadeira história da Luz.

terça-feira, 20 de março de 2012

O frio e a escola

Hoje eu vou falar sobre P.  e um pouco das lembranças que tomam conta do seu cotidiano muitas vezes. P. acordou em uma segunda-feira de sol, apesar de frio, com um sentimento estranho; uma nostalgia que invadiu os seus pensamentos e permeou as entrelinhas dos seus livros obrigatórios para a faculdade. Ela pensou na sua escola, já há muito tempo concluída, mas que nunca será, de fato, concluída. Aqueles tempos foram alegres. Aqueles tempos foram acolhedores. Aqueles tempos voltam sempre e sempre. Ela não sabe dizer o porquê, mas quando o frio chega, P. se lembra do inverno na sua escola, em que todos se agasalhavam para adentrar os corredores de concreto do enorme prédio que aparece até hoje em seus sonhos. Naqueles dias, era difícil ter aulas de educação física, a não ser que fosse para ensaiar a dança de fim de ano - muito importante para todos os alunos. Aí, iam todas as meninas (exceto algumas vezes em que a prova de física não deixava P. desfrutar da dança) correndo para o curto ensaio de 45 minutos. Em um certo ano, a aula de história era posterior à dança e a professora M., que se fingia de durona, iniciava os conteúdos sobre um mundo fora daquela escola, fora daquele mini-mundo. Mal sabia P. que aquela exterioridade se revelaria para ela de formas tão diferentes nos próximos anos. Mas mesmo após tanto tempo, P. acorda em uma manhã e se sente subindo as escadas, às 06h59, para mais um dia de risadas, para mais um dia de eternas lembranças.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Fones de ouvido solitários

Fim de tarde. Pessoas cansadas. Fones de ouvido. Muitos fones de ouvido. Talvez pela necessidade de introspecção, timidez ou individualismo, cada um que volta para casa do trabalho se fecha para o outro com um simples par de fones de ouvido. Em meio à multidão que se atropela e aos rostos vermelhos de estresse ou às olheiras de exaustão, vejo alguém tocando violão para todos os que passam por ele. Pouca gente o vê. Pouca gente quer vê-lo. Paro por alguns minutos e observo: ele toca uma música tranquila, que acalma o caos daqueles que o percebem ou conseguem diminuir o passo afobado de todo dia. É uma música de todos e para todos, que nos faz lembrar que tocamos a mesma nota, muitas vezes em descompasso, invisível ou solitária devido aos fones de ouvido.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Por trás do prato, do café e da conta

É verão em São Paulo. É verão na Paulista. É verão no restaurante, principalmente na sua cozinha. Às oito horas da manhã os funcionários chegam para preparar os ingredientes e os mínimos detalhes dos muitos pratos servidos ao meio dia em um dos restaurantes mais badalados da cidade. Esse pessoal trabalha por sete horas sem parar; lá é assim, um prato atrás do outro, que deve ficar pronto o mais rápido possível para que o típico executivo paulistano possa voltar ao seu trabalho. Conheci de perto a rotina do Sr. O., do J., do G. e do B.; sempre com um humor incrível, esses caras parecem superar o calor e ambiente não lá muito espaçoso da cozinha e da copa, sempre através das cantorias, brincadeiras e muitos sorrisos. Até a M., maranhense, que no começo me pareceu um pouco mais séria e preocupada, entrava logo no jogo das boas energias e as compartilhava! 
Chega o horário de pico: 13h15. Cada um na cozinha está muito concentrado na sua função para fazê-la em segundos,o que às vezes é motivo de trombadas e tensões no estreito espaço da fogão e da grelha. Apesar disso, quando eu passo por cada um deles, o sorriso não some. Um sorriso sincero, daqueles pra se lembrar por um tempão, que dá saudade e de alguma forma transforma.
Nesse cotidiano doido que a gente vive e nos almoços super corridos, sempre há alguém incomum e em comum por trás do suco-macarrão-sobremesa-ocaféeacontaporfavor.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Além das bolsas coloridas


Esta foto foi tirada no Peru, em uma pequena cidade próxima a Cuzco, em fevereiro de 2011. Optei em postá-la por ser justamente o retrato daquilo que é raramente observado no "turismo pronto" a essa região: as características socioeconômicas e culturais da sua população, que vão imensamente além das bolsas coloridas e gorrinhos vendidos a rodo. Longe de hipocrisias de dizer que a minha visita à região não passou por esse tipo de turismo; é claro que passou e foi muito proveitosa. Apesar e além disso, o que me marcou nessa viagem a Machu Picchu e especialmente a Cuzco, foi uma mulher chamada L. Ela, como inúmeros peruanos em precárias condições de vida, vendia os tais gorrinhos, bolsas, cachecóis e afins e veio conversar e oferecer os seus produtos quando eu passeava por uma praça com a minha família na nossa adaptação à altitude. Nunca vou me esquecer da conversa com L.: ela me contou sobre a sua família, moradia,críticas ao governo, a negligência deste em relação aos desempregados e a relação que os comerciantes conseguem estabelecer com os turistas, muitas vezes ríspidos e com aquele sentimentozinho desprezível de superioridade. Enquanto conversava comigo, L. se emocionou muito e me olhou como que me pedindo algo. Algo muito além do dinheiro pelos seus produtos, algo que eu só fui descobrir ao me despedir dela: um simples, embora significativo e profundo, abraço. Acredito e sinto que aquelas palavras foram de libertação de algo reprimido, engasgado e silenciado; o abraço, de empatia e importância com uma história tão diferente em alguns aspectos e em outros tão parecida com a minha e a sua.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Boa noite!

Boa noite galera!

Resolvi, enfim, fazer o meu blog, depois de muitas tentativas frustradas e promessas mal sucedidas! Este será, como muitos espaços virtuais, um lugar de postagens diárias sobre viagens,cultura, sociedade, política, economia, hábitos, música, fotos, interesses e desinteresses. Até aí, OK, nada de muito novo... O que eu proponho e é de fato sobre o que eu venho pensando pra caramba nos últimos tempos (por sinal, repletos de mudanças pessoais e reflexões importantes) se refere aos cotidianos; tanto o meu, quanto o de todos aqueles que estão longe de ter vidas comuns. São vidas incomuns, que tem muito em comum; e nesse mundo tão próximo virtualmente e paradoxalmente cada vez mais distante do real, eu acho importante refletir sobre e valorizar o pensamento e visão de mundo daquele que senta ao meu lado no metrô ou que anda comigo na Avenida Paulista, tão apressado-sem-tempo-estressado quanto eu. Esta é uma tentativa minha de descrever um pouco desses nossos cotidianos,ao mesmo tempo tão parecidos e únicos, e dar sentido aos pequenos detalhes dessa complexa viagem que se chama vida.

Sintam-se muito (muito mesmo!) a vontade para comentar e criticar o que vcs quiserem, além de, claro, me enviar relatos, fotos, crônicas, etc sobre o dia a dia e suas surpresas!